Investigação *Artes

Arts Research

18-19 maio ’23

Universidade da Beira Interior
Museu dos Lanifícios
New Hand Lab

Jornadas de Investigação em Artes, 5ª Edição

As Jornadas de Investigação em Artes / i*A partem do reconhecimento de que a Arte é objeto do pensamento, mas é, também, uma atividade pensante, com um potencial performativo, cognoscente e experiencial próprio, decorrente dos seus processos e formatos, progressivamente híbridos e intermediais, através dos quais vai perscrutando e criando o Mundo. 

Ao contar com o comprometimento ativo dos/as doutorandos/as em Media Artes da UBI, procedentes de áreas tão diversas como as Belas Artes, o Cinema, o Design, a Arquitetura, a Música e as Artes Digitais e Performativas, estas Jornadas assinalam também a progressiva criação de uma comunidade, capaz de inscrever perspetivas metodológicas diversas no seu campo de trabalho, alicerçado no cruzamento interdisciplinar e na centralidade da criação artística. Sendo a génese da investigação, uma prática solitária, tal rede proporciona o estabelecimento de pontes entre os diversos percursos e interesses dos participantes, cuja interação é passível de conferir novos sentidos à investigação de base artística, ao mesmo tempo que responde ao intuito de nutrir, clarificar e alargar o campo de intermediação das artes no singular contexto epistemológico da Academia, perseguindo questões fundamentais como a dialética em aberto entre as permutáveis condições de artista-investigador/a ou investigador/a-artista.

A presente edição das i*A assume-se como um mosaico de tempos e espaços imaginados e reconfigurados através da investigação dos/das doutorandos/das, que cobre problemáticas diversas. Criações nas áreas do Design, do Cinema, da Moda, da Pintura, da Performance ou das Artes Digitais percorrem caminhos entre o passado sacro e o futuro-presente da inteligência artificial; vão do universo lúdico dos livros infantis ao espaço-tempo interior do luto; das temporalidades diversas do bordado ao universo do Novo Luxo. Propor reflexões interdisciplinares, desafios epistemológicos e debater processos de criação são algumas das inquietações centrais da edição de 2023 da i*A, que constitui-se como um espaço de troca de experiências e descoberta de olhares, onde a imaginação e a criação se aliam à análise e à reflexão sobre pensar-fazer Arte hoje.

Francisco Paiva / Manuela Penafria / Renata Ferraz / Daniel Oliveira © i*A 2023

Programa*

Investigação em Artes 2023
Universidade da Beira Interior

Mesa de Abertura
14h

Museu de Lanifícios - Real Fábrica Veiga

Moderação: Catarina Neves

André Barata, Presidente da Faculdade de Artes e Letras

Sara Velez, Presidente do Departamento de Artes

Francisco Paiva, Coordenador do Grupo de Artes do LabCom

Luís Nogueira, Diretor do 3º Ciclo em Media Artes

18 de maio

Escola Convidada - West University of Timişoara
14h20

Moderação: Daniel Oliveira

Remus Dumitru Rotaru, Vice-Dean of the Faculty of Arts and Design

Adriana Lucaciu, Director of the Doctoral School of Arts

Visual Arts PhD
Andreea Ana-Maria Pleșa
Andrei Răzvan Neciu
Bogdan Matei
Mădălina-Elena Trofin

Visita à exposição da Escola Convidada - West University of Timişoara

Museu de Lanifícios - Real Fábrica Veiga

Andreea Ana-Maria Pleșa, InBetween. Sustainable Clothing Design

Andrei Răzvan Neciu, Trends of contemporary printmaking in the 21st century, experimentation and contextualization

Bogdan Matei, This is not my artwork

Mădălina-Elena Trofin, The vibration of plastic as a material-resource in Contemporary Art

Ana Beatrice Ungureanu, The religious concept in the Contemporary Art of the 80s in Romania, especially in Painting

Ana Platon, Manuscript miniature in contemporary times

Arthur – Cristian Rusznák, Seven works of mercy – clothe the naked

Bianca Bondoc, Night in the ocean

Bianca Ionela Tulea, Sol and the Red Serpent

Ovidiu Batista, Immigration land – a portrait of our society


Museu de Lanifícios – Corredor das Fornalhas

Alexandru-Georgian Mihai, Hybrid aesthetic expressions in the design of stringed musical instruments

Anamaria Mihaela Vișovan, The human body-primary subject in the investigation of self and social identity transposed through fashion

Andrei Pituț, Monument for a grocery vendor

Diana Borza (Poenaru), The landscape in Contemporary Art: the marginals, public space and the image of kitsch

Evelina-Elena Tănasie, Inclusive Fashion Design

Mariana Lavinia Mihuș, The human figure between representation and deconstruction: self-portrait

Oana Popescu, Transposition of emotion

René Jeanette Renard, The brick: from memory holder to element of artistic expression in Contemporary Art

Sânziana Gheorghe, Expressive qualities and plasticity in the new digital technologies. Integrating the video game in the contemporary Visual Arts. The 2.5D game Excedo Orbis

Marișescu Teodora, Animation techniques between the vectors of traditional Graphic Art and digitalization

Theodora Scurtu, Traditional remix Uliana Gujuman, Grassroots universe

VISITA À EXPOSIÇÃO iARTES2023
DOUTORAMENTO EM MEDIA ARTES

Museu de Lanifícios - Real Fábrica Veiga

Filipe Tomé, Reinterpretação da época dos Descobrimentos em Portugal

Luísa Leão, O grito do silêncio

Miguel Oliveira, Ruína

Nuno Vieira, O real a fazer de conta

Rico de Lucas, Dormitórios

Lançamento do livro A coleção de EUs, de Katia Maciel
17h

Performance na Parada

No seu sétimo livro de poemas, a poeta e artista Katia Maciel discute a ideia do eu pulverizado na contemporaneidade. A linguagem, quase reticulada, multiplica a noção de subjetividade, mostrando como hoje cada eu é uma coleção de eus. O livro está dividido em duas partes. Na primeira estão os poemas associados a uma dimensão performática da linguagem. Na segunda parte estão reunidas histórias curtas em que os personagens indicam as questões dos eus através do atrito com alguns autores clássicos.

Auditório da Biblioteca
09h

Moderação: Tânia Pires

Cláudia Albino (Universidade de Aveiro)
Design e Artesanato juntos na significação dos territórios contemporâneos

19 de maio

10h

Moderação: Henrique Lucas

Inês Moreira (Universidade do Minho)
Desindustrializações, em busca de metodologias artísticas

11h

Moderação: Camilo Cavalcante

Katia Maciel (Universidade do Rio de Janeiro)
Coleção de EUs

Doutoramento em Media Artes - UBI
14h

Moderação: Julia Marques

Luisa Leão, Resgate: bordado, tempo e imagem

Catarina Cardoso, Novo Luxo e a digitalização de experiências no Metaverso

Sandro Gonçalves, Como o desenvolvimento de videojogos pode contribuir para a preservação do património arquitetónico

Filipe Tomé, Reinterpretação da época dos Descobrimentos em Portugal

Tânia OP, Performance Art como processo de transformação interior

Intervalo
15:30h

Miguel Oliveira, Fotografia expandida, intersecções

Catarina Neves, A representação da cidade no cinema wenderiano

Camilo Cavalcante, Fendas de presença: perceção para além da transmissão de sentido

Nuno Vieira, O meu tio, o arquiteto e a cidade velha. Acerca do filme de arquitetura

Daniel Oliveira, Utopias subjetivas: o queer como gesto artístico

Henrique Denis Lucas, Luto, filme-ensaio, reflexividade e dialogismo

Debate
17h

Visita à Exposição no New Hand Lab
18h30

Tânia OP, Performance Percurso contemplativo

Camilo Cavalcante, Fendas de presença #1: solidão plástica

Cocktail de Encerramento
19h15

New Hand Lab

Cláudia Albino

Design e Artesanato juntos na significação dos territórios contemporâneos

Esta apresentação resulta de uma investigação em Design que, no pressuposto de que a sensibilidade para o que é local é hoje relevante no contexto de um mundo globalizado, face à tendência hegemónica da sua homogeneização, procurou compreender de que forma o Design pode ser catalisador de novas práticas, capazes de conferir visibilidade aos valores distintivos do território, tornando-o presente, recorrendo ao Artesanato como chave de leitura. Reflete-se sobre os processos de alteridade na valorização das identidades do território incorporando um conhecimento transdisciplinar que estabelece uma relação entre Design, território e Artesanato. Apresentam-se, ainda, os lugares portugueses como territórios oportunos para um Design Relacional. Apresentam-se, segundo sete princípios teóricos – renascimento; academização; amplificação; sustentabilidade; significação; conhecimento e politização – diálogos entre o Design e o Artesanato com o objectivo de identificar os factores que contribuem para a significação e regeneração social, económica e cultural dos territórios, conferindo-lhes visibilidade à escala global.

Cláudia Albino é Professora Auxiliar na Universidade de Aveiro (DeCA-UA) desde 2006 até ao presente e é a atual diretora do Mestrado em Design da UA. É investigadora do ID+ Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura, Design e Território é a sua principal área de investigação, sendo uma das coordenadoras fundadoras do Grupo UA-Ria de Aveiro. É doutorada em Design pela UA, Mestre  em Design e Marketing, pela Universidade do Minho, e Licenciada em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura, da Universidade do Porto, tendo sido docente na ESAD, Matosinhos de 1995 a 2009. Tem desenvolvido projetos focados na valorização da identidade territorial através do Design, identificando os saberes localmente significativos dos lugares e ressignificando-os através da utilização de novos sistemas de produtos e serviços como amplificadores antropológicos dos estilos de vida locais. Neste âmbito, tem participado em várias conferências internacionais e publicado os seus trabalhos em revistas especializadas. É autora do livro À procura de práticas sábias: Design e Artesanato na significação dos territórios. Com este livro, foi ainda distinguida, em 2017, com o 1º Prémio de Investigação em Artesanato em Portugal. Foi uma das coordenadoras do livro Design e Artesanato, 22 verbos 22 autores, publicado em 2022 pela Universidade de Aveiro. Fez a tutoria de Design dos projetos vencedores do Prémio Ecotrophelia Portugal e Europa em 2020 e 2022.

Inês Moreira

Desindustrializações, em busca de metodologias artísticas

Os espaços industriais fora dos grandes centros urbanos escapam às dinâmicas de reconversão, requalificação e gentrificação, ficando entregues à entropia, aos elementos e a outras segundas vidas. Como na Covilhã, também em Guimarães as artes e a Arquitetura se debruçam sobre esta problemática na busca de respostas disciplinares específicas para compreender, intervir e ressignificar os seus territórios. Paralelamente, debate-se crescentemente a produção de conhecimento a partir das artes, a investigação artística e os seus métodos teórico-práticos. Esta conferência segue, pois, a figura de uma matrioska e apresentarei investigações em curso para instigar o diálogo com os doutorandos da UBI. Desindustrialização, ainda. Ensaios visuais e metodologias artísticas, é o título do seminário promovido em abril de 2023 na Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho através do Lab2PT Laboratório de Paisagens, Património e Território. Na primavera de 2023 estão em curso as conferências Em couros: investigação artística em contexto urbano sobre o bairro industrial proposto para integrar o perímetro da Unesco. Por fim, abordarei o projeto Fabriqueta, exposição individual do artista visual Eduardo Matos, com minha curadoria, cujo programa público a manterá activa até setembro de 2023 no Centro Internacional das Artes José de Guimarães.

Inês Moreira é arquiteta, curadora, investigadora, crítica e docente universitária, posicionando-se nas interfaces entre Arquitetura, Artes Visuais, cultura visual e urbana. Investigadora Principal em Artes Visuais (Laboratório de Paisagens, Património e Território) na Universidade do Minho, é doutora em Curadoria, pela University of London e Mestre em Cultura Urbana, pela Universitat Politècnica de Catalunya. Concluiu o Pós-Doutoramento em História da Arte, na Universidade Nova de Lisboa, onde criou o Cluster curating the contemporary: on architectures, territories and networks (2018-22). Foi Professora Auxiliar Convidada na Faculdade de Belas Artes (2014-22) e assistente convidada na Faculdade de Letras (2007-10), ambas da Universidade do Porto. Atuou como editora do Jornal Arquitectos, com Paula Melâneo (2015-19). Foi programadora de Arquitetura em Guimarães Capital Europeia da Cultura (2010-12) e coordenadora de Gabinete no Instituto das Artes do Ministério da Cultura (2003-05). Criou cenografias para exposições de Arte Contemporânea em Portugal, Espanha, França e Polónia.

Katia Maciel

Coleção de EUs

A ideia de Cinema na Arte Contemporânea tem movido a sua pesquisa, nos últimos anos, tanto no campo teórico como no da produção artística.

A artista criou um conjunto de instalações a partir da experiência do Cinema como dispositivo, maquinário social, simbólico e conceitual. Desenvolveu o conceito de transcinema para pensar um Cinema expandido em que a presença institui a forma sensível.  As suas instalações expandem o Cinema para uma situação a ser vivida, mobilizam uma Arquitetura, provocam um percurso, anunciam possibilidades. Nos seus trabalhos, a artista  incorpora a performance e a palavra como parte do dispositivo das imagens expostas.

A Coleção de EUs é um livro, uma performance, uma instalação, um filme e uma exposição. O reflexo de um percurso muito particular da sua experiência como poeta, artista e pesquisadora no campo da Arte, linguagem e tecnologias. Através da narrativa desta exposição, a autora irá comentar trabalhos estruturantes de uma prática artística, que relaciona Cinema e poema em instalações visuais e sonoras interativas. 

Katia Maciel é artista, poeta e Professora Titular na Escola de Comunicação, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É formada em História, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Mestre em Cinema e História, pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris e Doutora em Cinema, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui ainda três Pós-Doutoramentos pelas seguintes instituições:  Universidade de Gales (2002), Universidade de São Paulo (2015) e Universidade de Nova Iorque (2022). Tem inúmeras publicações como autora principal e expôs no Brasil e no estrangeiro. Em 2018, publicou a antologia com sua obra. A obra da artista investiga o imaginário próprio das imagens nas suas relações com a paisagem, os objetos e a palavra. Nos seus vídeos, instalações e performances, a influência do Cinema é flagrante na escala, na poética do movimento, na desnarrativa, e na sua expansão para além da tela, como modo de incluir o espectador. 

Andreea Ana-Maria Pleșa

InBetween. Design de Moda sustentável

O projeto InBetween tem como objetivo consciencializar para o consumismo excessivo que está no cerne da indústria da moda. A coleção funciona como um porta-voz, que pretende chamar a atenção para os abusos físicos e materiais do fast fashion. InBetween fala-nos sobre o presente, mas alicerça-se em vários processos autorreflexivos e de reavaliação, vividos nos últimos anos. O projeto fala-nos da revalorização do potencial humano, em detrimento dos conceitos de sociedade pós-humana. A geometria da coleção não se direciona para as tendências atuais, enfatizando a natureza impessoal do vestuário. O esquema de cores baseia-se na paisagem industrial com um toque de laranja, que pretende tirar o utilizador do anonimato e funciona também como um sinal de alerta sobre o estilo padronizado. No que tange à relação tecnologia-humanidade-indústria, a coleção assume uma postura pró-humana ao usar apenas fibras naturais de origem local.

Andreea Ana-Maria Pleșa

Andreea Ana-Maria Pleșa formou-se na Faculdade de Artes e Design, da West University of Timișoara (2019), onde também iniciou o Doutoramento no mesmo ano, com uma tese intitulada Design de Moda sustentável. Desde 2021, é investigadora assistente no Departamento de Design e Artes Aplicadas. Recorrendo a técnicas específicas do Design de moda nas suas criações, os seus trabalhos abordam temas como sustentabilidade, identidade e multifuncionalidade. As suas coleções foram mencionadas em diversas publicações especializadas, premiadas e selecionadas para integrar eventos nacionais e internacionais. Pleșa também colaborou como estilista em várias revistas internacionais, como a Moodic Magazine e a Kreep Magazine. Entre as participações mais importantes da artista em exposições e desfiles de moda, estão a Feeric33 New Talents Contest – Feeric Fashion Week (2018); Serbia Fashion Week (2018); Romanian Fashion Philosophy (2018); Diploma, Bucharest (2019); Feeric Fashion Week (2021 and 2022).
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Andrei Răzvan Neciu

Trends of contemporary printmaking in the 21st century, experimentation and contextualization

O projeto pretende questionar novas tendências na gravura como meio de expressão, traçando os seus aspectos evolutivos a partir da perspectiva da experimentação, que se torna um elemento-chave de contextualização, devido às novas dimensões técnicas e visuais que propõe. Assim, a investigação divide-se em duas áreas distintas: a experimentação técnica, que consiste em definir novos materiais e técnicas desenvolvidos e assimilados por artistas contemporâneos; e a experimentação visual, que envolve a manutenção de técnicas tradicionais abordadas de uma forma visual distinta, diferente da canônica. O campo secundário desta pesquisa se encontra na interseção do clássico com o experimental, centrando-se no discurso técnico e conceitual no universo de expressão do artista contemporâneo. O objetivo é evidenciar como diferentes artistas se relacionam com novos materiais e ferramentas, construindo assim um aspecto reintegrador e evolutivo do produto artístico, formulado com o auxílio de técnicas de gravura.

Andrei Răzvan Neciu

Andrei Răzvan Neciu é doutorando na Faculdade de Artes e Design, da West University of Timișoara. É Licenciado em Artes Visuais e Design Gráfico e é Mestre em Artes Visuais, nas vertentes de Publicidade e Design, pela mesma instituição. Entre os seus trabalhos mais importantes, estão My first (Anti)Monument, um workshop teórico e prático para intervenções no espaço público, Kunsthalle Bega, Timișoara (2022); Simulations of a possible future, exhibition, La Cave, French Institute, Cluj-Napoca (2022); XVIII Internationaler Wettbewerb für Kleingrafik und Exlibris Ostrów Wielkopolski (2022); 7th Graphic Art Biennial of Szeklerland (2022); 3rd Bucharest International Print Biennale (BIPB) (2019).
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Bogdan Matei

This is not my artwork

O trabalho parte de uma animação 3D gerada por computador de origem incerta ou de código aberto. O espaço virtual criado apresenta um amálgama de objetos sem relação aparente, sendo o fio narrativo incerto. O som desempenha um papel essencial: desenvolvido com a ajuda de inteligência artificial, envolve a narração de um texto inteiramente escrito por IA, que teve como input o estatuto do objeto de Arte, autoria, acumulação e o papel do artista. Além da animação, a instalação também é composta por três serigrafias que compartilham uma moldura extraída do espaço virtual criado e que são anuladas pela escrita de textos sobrepostos à imagem. A obra faz parte de uma série que tem como referência conceitual o questionamento do objeto de Arte e do autor, e o uso de elementos próprios da internet.

Bogdan Matei

Bogdan Matei é doutorando em Artes Visuais, na Faculdade de Artes e Design, da West University of Timișoara, onde também concluiu a sua Licenciatura (2018) e Mestrado (2020). Alguns dos seus trabalhos mais importantes são: Biennale of Contemporary Art, Mulhouse, France (2019); May amnesia scratch our membranes, group exhibition, IOMO Gallery, Bucharest (2021); White Elephant Apocalypse, group exhibition, Comenduirea Garnizoanei, Timișoara, Intact Cultural Foundation Award for Young Romanian Artists in Contemporary Creation (2021); Unradical remarks or how to multiply the nothingness, solo show, ArtHub, Bucharest (2021); Pink Cloud, group exhibition, Arad Art Museum, kinema ikon serial (2021); Near-death experience, pavilion organized by Room69 at The Wrong Biennale, Austria, Eco Street Art, Atelier 030202, Bucharest (2021); Bucharest Biennale 10 (2022); If a story is present, group show, Art Encounters Foundation (2022), Simulations of a possible future, group show, French Institute of Cluj-Napoca (2022).
Mădălina-Elena Trofin _photo

Mădălina-Elena Trofin

The vibration of plastic as a material-resource in Contemporary Art

A minha pesquisa artística busca uma nova identificação cromática oferecida pelo material sintético, mas, também, uma evolução do suporte plástico para que a imagem criada se desprenda do espaço habitual para chegar mais perto do espectador. A gramática da imagem é aprimorada pela sobreposição de alguns materiais de natureza sintética, que captam uma combinação de técnicas clássicas e contemporâneas, de forma a posicionar as experiências das figuras humanas no contexto das evoluções trazidas pelo presente. Como abordagem criativa, os meus trabalhos delineiam uma emoção ao cativar o cromático usando a luz, captando a percepção e os efeitos do artificial na psique humana, oferecendo ao público uma perspectiva da realidade e também do virtual.

Mădălina-Elena Trofin

Mădălina-Elena Trofin é doutoranda na Faculdade de Artes e Design, da West University of Timișoara, onde também concluiu a sua Licenciatura e Mestrado em Belas Artes. Entre suas principais láureas, estão: nominated, painting, International Biennial of Miniature Timișoara (2022); exhibition DragobeteArt.ro, the Prize for Mixed Media, Iași (2022); International Exhibition Zis și Făcut, the prize for Mixed Media, Iași (2022); International Exhibition Zis și Făcut, Diploma for Excellence, Iași (2022); Museum of Art Timișoara, Roménia; Online Exhibition, National Student Festival of Visual Arts, VIZUALIA 4th edition, Cluj-Napoca, Roménia (2021); International exhibition Zis și Făcut 1st edition, Iași, Roménia (2021); Collective exhibition Emerging Artists Awards 2021, Comenduirea Garnizoanei, Timișoara, Roménia.
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Camilo Cavalcante

Fendas de presença: perceção do olhar para além do sentido

Esta comunicação apresenta apontamentos e reflexões para a criação de uma instalação artística em Media Artes, que tem como inspiração teórica o pensamento sobre produção de presença de Hans Ulrich Gumbrecht (2010). O autor sugere alternativas epistemológicas ao predomínio cartesiano das Humanidades na busca incessante em interpretar e atribuir sentido aos fenómenos analisados e defende que a experiência estética sempre nos confrontará com a tensão entre presença e sentido. No entanto, apenas os efeitos de presença apelam com intensidade aos sentidos. Dialogaremos, também, com o pensamento de Georges Didi-Huberman (2010) ao referir-se que todo o olho traz consigo o seu invólucro e o desafio é deixar que uma brecha se abra nesse invólucro, permitindo que o olhar abra um fosso naquilo que vê. Uma inelutável cisão do ver entre a perspetiva de uma aproximação tautológica do que é visto e a perspetiva do que nos olha como um exercício de crença.

Camilo Cavalcante

Camilo Cavalcante é Mestre em Cinema e doutorando em Media Artes, na Universidade da Beira Interior (UBI), onde é investigador do LabCom, com bolsa da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). É Licenciado em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Possui ainda formação complementar em Guião Cinematográfico, pela Escuela Internacional de Cine y TV (EICTV) em Cuba, e o curso de extensão em Transcinema: Cinema, Pintura e Artes Contemporâneas pela PUC-Rio, além de vasta experiência cinematográfica nas áreas de guionismo, produção e realização com uma trajetória multipremiada de curtas e longas metragens. Atualmente, dedica-se a pesquisar os campos das instalações artísticas e das manifestações expandidas do audiovisual.

Catarina dos Santos Cardoso

Novo Luxo e a digitalização de experiências no Metaverso

O universo do Luxo consente vários estágios na sua história, inseridos e motivados por diferentes épocas. A sua evolução é, no entanto, um paradoxo à própria cultura do Luxo. O fenómeno do Novo Luxo contextualizado no Luxo contemporâneo surge enquanto ferramenta central de sobrevivência do sector na era digital, onde a tecnologia e as abordagens sustentáveis, acessíveis e personalizadas adquirem uma relevante importância nas preferências do consumidor. Por favorecer as experiências ao invés dos objetos, o Novo Luxo destaca-se pelo consumo de sensações e emoções. Dada a predisposição tecnológica do atual utilizador, o Novo Luxo vem tirar partido do digital para se fazer chegar ao seu novo consumidor. É com a manifestação das tecnologias emergentes disponíveis para o utilizador comum, que as entidades de luxo se aliam ativamente à digitalização dos seus processos, inclusive das experiências oferecidas. É o caso do Metaverso, que pretende disponibilizar um meio virtual para que os utilizadores comuniquem e usufruam de serviços de forma imersiva, juntando numa só dimensão o mundo real e o digital. Servindo-se das características do Metaverso, estas entidades procuram agora explorar diferentes meios de interação através do desenvolvimento de experiências digitais imersivas, únicas e exclusivas, direcionadas ao consumidor contemporâneo.

Catarina Cardoso

Catarina Cardoso é doutoranda em Media Artes, na Universidade da Beira Interior. Obteve o grau de Mestre em Design Gráfico, pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha – Politécnico de Leiria (2018), depois de se licenciar em Design, pela Universidade de Aveiro. Trabalhou em empresas de desenvolvimento de software nas funções de designer de UI/UX e designer gráfico. É Professora Assistente Convidada no Politécnico de Leiria desde 2016, onde assegura matérias como a produção de conteúdos em imagem digital e vídeo, UI Design para aplicações web e para videojogos, e gestão de projetos.

Catarina Neves

A representação da cidade no cinema wenderiano

A abordagem da cidade no Cinema remonta aos primórdios da Sétima Arte, tendo, desde os finais do século XIX, servido de cenário às primeiras experiências cinematográficas. Seja para representar o real ou o imaginário cinematográfico, o Cinema tem vindo a demonstrar uma relação íntima com a cidade, incitando muitas das vezes a uma reflexão sobre a orgânica da sociedade. Reconhecido como o cineasta das cidades, Wenders é um dos realizadores que faz um convite à reflexão nos seus filmes, a partir da crueza da realidade. A sua filmografia caracteriza-se pela sensibilidade contemplativa com que capta as paisagens urbanas e propicia ao espectador um novo olhar sobre as mesmas. A cidade funde-se com a história e os seus personagens e os seus recônditos tornam-se indissociáveis, tanto da vida interior dos personagens, quanto da ação desenvolvida. Nos seus filmes, a paisagem humana surge marcada pela solidão, como reflexo da paisagem desolada que o cineasta faz das áreas urbanas.

Catarina Neves

Catarina Neves é doutoranda em Media Artes, na Universidade da Beira Interior. É licenciada em Jornalismo, pela Universidade de Coimbra e em Marketing, pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco. O seu interesse pela promoção artística do território teve início durante a Pós-Graduação em Relações Internacionais e Estudos Europeus na Universidade de Évora, que veio a complementar posteriormente com uma especialização em Marketing Turístico. Frequentou o Doutoramento em Ciências da Comunicação da UBI, tendo, no seu decurso, realizado uma experiência de mobilidade como investigadora visitante na University of California, Los Angeles. Tem dedicado a sua investigação ao Cinema, enquanto expressão cultural, artística e identitária da cidade, tendo por base a análise fílmica. Neste momento, encontra-se a finalizar a sua tese intitulada: Lisbon Story: representação anímica da cidade de Lisboa. Em 2006, foi-lhe atribuída a Bolsa de Investigação Santander/FAL, por unanimidade e mérito académico. Atualmente é investigadora do grupo de Artes do LabCom, com várias publicações na área do Cinema.

Daniel Oliveira Silva

Utopias subjetivas: o queer como gesto artístico

Partindo do pressuposto de que uma série de filmes contemporâneos gira em torno da encenação de um ato de criação queer (Silva, 2021), por meio do qual sujeitos e personagens não-heterossexuais fabulam e reinventam suas existências, fazendo uso de recursos de autonarrativização e produção artística, este artigo investiga a relação histórica entre gesto artístico, subjetividade e sexualidades não-normativas. Para isso, a análise ampara-se nos trabalhos de Reed (2011), Halperin (2012) e Dyer (2002), tecendo um diálogo entre a História da Arte e os estudos queer. Ao refletir sobre a presença e a contribuição dos sujeitos de sexualidades dissidentes para os diversos ofícios criativos, a investigação busca levantar hipóteses e identificar possíveis pontos de conexão entre gênero, sexualidade e subjetividade nas Artes.

Daniel Oliveira

Daniel Oliveira é Mestre em Cinema, pela Universidade da Beira Interior, onde atualmente cursa o Doutoramento em Media Artes, com bolsa da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). Na mesma instituição, integra o grupo de pesquisa Filmar-se e ver-se ao espelho: o uso da escrita de si por documentaristas de língua portuguesa. É graduado em Comunicação Social, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com especialização em História da Cultura e da Arte pela mesma instituição, e pós-graduação em Roteiro para Cinema e TV, pelo Humber Institute, de Toronto. Atuando como crítico desde 2004, é filiado à Associação Brasileira (Abraccine) e à Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci), com passagem por vários veículos impressos e online.

Filipe Tomé

Reinterpretação da época dos Descobrimentos em Portugal

A presente comunicação explora o Design do protótipo "Cabo das Tormentas" e como este interpreta um dos momentos cruciais da história portuguesa. Esta comunicação também serve para mostrar o processo criativo de adaptar os Lusíadas em formato de videojogo.

Filipe Tomé

Filipe Tomé é doutorando em Media Artes, na Universidade da Beira Interior e obteve o grau de Mestre em Design e Desenvolvimento de Jogos Digitais, pela mesma universidade (2020) e a Licenciatura em Jogos Digitais e Multimédia, no Politécnico de Leiria (2017). É lead designer da MoonVeil Studios, estúdio que está a produzir Cabo das Tormentas.

Luísa Leão

Resgate: o bordado, o tempo e a imagem

A comunicação aborda a instrumentalização teórica, percurso projetivo e metodologia de investigação para a concepção da obra de estrutura tríptica realizada a partir da técnica do bordado na sua abordagem contemporânea. Ao tecer uma crítica ao ritmo de vida e ao individualismo nas sociedades pós-industriais, a obra propõe um resgate ancestral do sentido de temporalidade. Inaugurada na edição de 2022 do iArtes, encontra-se atualmente exposta na galeria New Hand Lab da Covilhã.

Luísa Leão

Luísa Leão é doutoranda em Media Artes, pela Universidade da Beira Interior, atualmente financiada pela BID Santander-UBI. É Licenciada e Mestre em Design de Moda, pela UBI, tendo realizado mobilidades académicas no Politécnico di Milano e na Universidade Federal do Ceará. Possui investigações na área do Design para sustentabilidade, cultura artesanal e Arte Têxtil, e possui, no âmbito do Doutoramento, o objetivo de aprofundar as suas investigações sobre o bordado contemporâneo, em diálogo com a cibercultura e temporalidade. Presta apoio letivo à docência das unidades curriculares Laboratório de Têxteis Criativos, na Licenciatura em Design de Moda, Semiótica das Artes Visuais, no Mestrado em Design Multimédia e Movimentos Artísticos Contemporâneos, na Licenciatura em Cinema. Exerce trabalho voluntário na Coolabora CRL, cooperativa de intervenção social. É mentora de workshops de ensino da técnica do bordado livre.

Miguel Oliveira

Fotografia expandida, intersecções

A presente comunicação foca-se na problemática da fotografia enquanto método, nas realidades e práticas expositivas e nos conflitos entre imagem e objecto, entre representação, apresentação. Esta reflexão parte da experiência da "oficina da visibilidade”, onde a fotografia, a observação e as interseções serão explorados num projecto colectivo realizado no Centro Internacional das Artes José de Guimarães, em Guimarães.

Miguel Oliveira

Miguel Oliveira é doutorando em Media Artes, pela Universidade da Beira Interior. É Licenciado em Artes Plásticas, pela Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha. Colabora frequentemente com associações e instituições culturais do Porto e Guimarães. A produção artística – nas áreas da Fotografia, Videoarte e Instalação – marca significativamente a sua trajetória, levando-o a participar em várias exposições individuais e projetos. Com uma experiência alargada de laboratório a preto e branco, tem orientado nas últimas décadas várias oficinas de fotografia analógica, junto de várias instituições de ensino. Atualmente, é professor de Fotografia na Escola Técnica Superior Profissional, do Instituto Politécnico do Cávado e Ave.

Nuno Vieira

O meu tio, o arquiteto e a cidade velha. Acerca do filme de arquitetura

A presente comunicação, foca-se no estudo da relação entre o Cinema e a Arquitetura, procurando estabelecer a distinção entre o filme de, sobre e com Arquitetura, através da análise e debate em torno de dois filmes que suscitam diferentes entendimentos na forma como a Arquitetura é vista e representada no Cinema.

Nuno Vieira

Nuno Vieira é doutorando em Media Artes, na Universidade da Beira Interior. Arquiteto, pela Escola Superior Artística do Porto (2006) e em Design de Produto, pela Faculdade de Arquitetura, da Universidade Técnica de Lisboa (1999). Assistente no Curso de Design de Produto, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, no Instituto Politécnico Viana do Castelo, entre 2000 e 2006. Trabalha como arquiteto e designer em atelier próprio.

Rico de Lucas

Dormitórios: notas iniciais sobre a reflexividade na produção de um filme-ensaio

Em uma perspectiva terapêutica, processos criativos auxiliam o enlutado a passar pelo período de processamento da perda, ajudando-o em sua organização interna. Pensar a morte através do Cinema e encontrar suas relações dialógicas com a sociedade pode ser um caminho para uma melhor compreensão dos processos de luto. Circunscrito no âmbito investigativo da tese Dormitórios: reflexividade e dialogismo na criação de um filme-ensaio sobre o luto, este trabalho propõe-se a fazer uma primeira abordagem dos processos criativos decorrentes do movimento de reflexividade, durante a produção de um filme-ensaio sobre morte e luto.

Henrique Denis Lucas

Henrique Denis Lucas é doutorando no curso de Media Artes, pela Universidade da Beira Interior, com bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Obteve o grau de Mestre em Comunicação e Informação – Linha de pesquisa em Cultura e Significação, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no Brasil (2018), depois de licenciar-se em Comunicação Social – Produção Editorial, pela Universidade Federal de Santa Maria, também no Brasil, sendo bolsista em ambas ocasiões. Tem experiência na área de Comunicação Social, pesquisando principalmente sobre Narrativas Gráficas, Audiovisuais e Sonoras, Educomunicação, Estudos Fílmicos, Estudos Culturais e Audiência. Ministrou workshops educomunicacionais de bandas desenhadas e Cinema para escolas em situação de vulnerabilidade social e, recentemente, foi agraciado com os prêmios Trajetórias Culturais – Mestra Griô Sirley Amaro, por seu trabalho de investigação na comunicação e nas artes, no Rio Grande do Sul, e Artes Integradas – Lei Aldir Blanc, pela produção do single musical Ricocheto – Sulfur.

Sandro Daniel Gomes Gonçalves

Os videojogos e a preservação do património arquitetónico

A presente comunicação explora como os videojogos, nas suas várias formas, assim como os métodos de desenvolvimento dos mesmos, permitem preservar extensivamente o património (não só) arquitetónico, mas também como podem cativar a atenção e interesse do público mais desligado da história e cultura do património.

Sandro Gonçalves

Sandro Gonçalves é doutorando em Media Artes, na Universidade da Beira Interior e obteve o grau de Mestre em Design e Desenvolvimento de Jogos Digitais (2021) e Licenciado em Design Multimédia (2017), pela mesma universidade. Tem desenvolvido pequenos videojogos amadores desde 2017 e dado apoio letivo aos alunos de Design Multimédia na área da modelação 3D desde 2018. É membro do projeto Aftervoid, desde 2019, como artista visual, produzindo todo o conteúdo e narrativas das projeções artísticas, assim como videomapping das projeções.

Tânia OP

A Performance Art como processo de transformação interior

Como um código secreto, a performance contém rituais invisíveis atrás de rituais visíveis e, por vezes, o artista desconecta-se da plateia para se conectar com o seu mundo interior (Glusberg, 2005). Mais do que uma prática artística, a performance pode tornar-se numa prática libertadora e catártica. Através do trabalho do movimento do corpo, da respiração, a espontaneidade, a expressão, as emoções, a busca da própria essência, o silêncio, o esvaziamento, o não pensamento e a repetição, o artista pode alcançar mais liberdade e autenticidade. Desta forma, criará movimentos e processos internos transfiguradores, bem como estados de conexão, de presença e de paz interior. Durante o Acionismo Vienense, da década de 60, os artistas apresentavam uma série de rituais performáticos e alguns deles tornavam-se uma forma provocadora de libertar a energia reprimida, através de atos de purificação e redenção do sofrimento. Outro exemplo é o de Marina Abramovic, que leva o seu corpo a limites físicos extremos, deixando-o preparado para a experiência espiritual plena (Melim, 2008). Dentro deste contexto, esta comunicação pretende abordar as questões mais pessoais e íntimas sobre a prática da Performance Art.

Tânia OP

Tânia OP tem desenvolvido a sua prática artística refletindo sobre a humanidade, o sentido da vida, o vazio, a paz e a liberdade interiores. Através da Arte, abre processos internos de questionamento, de reflexão, purificação e libertação, que transforma e transfere para o plano físico através da matéria e do próprio corpo. Dedica-se à Performance Art como contemplação da existência em corpo somático. Debruça-se sobre o sentido de rituais e rotinas monásticas ancestrais através de várias práticas artísticas, explorando o som e o movimento na mística do momento. Licenciou-se em Artes Plásticas/Escultura e especializou-se em Escultura, pela Faculdade de Belas Artes, da Universidade do Porto. É doutoranda do curso de Media Artes, na Universidade da Beira Interior. Tem obras em diversos locais nacionais e internacionais (Itália, Palestina, Timor Leste e Espanha). Conta com bastantes participações em exposições individuais e coletivas, bem como residências artísticas. Tem criado e coordenado projetos de Performance Art.

EXPOSIÇÃO

IARTES 2023
Doutoramento em Media Artes

Fendas de presença #1: solidão plástica

Camilo Cavalcante

Esta instalação artística audiovisual dialoga com o pensamento sobre produção de presença de Hans Ulrich Gumbrecht (2010), para quem a experiência estética sempre nos confrontará com a tensão entre presença e sentido. Dialogaremos, também, com o pensamento de Georges Didi-Huberman (2010) ao referir-se que todo o olho traz consigo o seu invólucro e o desafio é deixar que uma brecha se abra nesse invólucro, permitindo que o olhar abra um fosso naquilo que vê. A partir dessas referências basilares, a instalação busca envolver a perceção e desafiar o olhar de cada espectador.

Fendas de presença #1: solidão plástica

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Reinterpretação da época dos Descobrimentos em Portugal

Filipe Tomé

Cabo das Tormentas é um videojogo de horror que retrata a dobragem do cabo das tormentas durante a época dos descobrimentos. Neste videojogo, o jogador assume o controlo de uma personagem anónima que explora a caravela de Bartolomeu Dias (São Cristóvão), enfrentando eventos sobrenaturais relacionados à lenda do Adamastor. O objetivo principal é demonstrar os medos e terrores do desconhecido, levando o jogador a enfrentar os horrores da caravela São Cristóvão para conseguir dobrar o cabo. Com elementos de fantasia e horror, este projeto oferece uma experiência emocionante e aterrorizante, permitindo aos jogadores uma nova reinterpretação da dobragem do cabo das tormentas e os seus perigos.

Reinterpretação da época dos Descobrimentos em Portugal

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O grito do silêncio

Luísa Leão

Para mim, as palavras sempre foram mais tangíveis do que os objetos da memória em si. As palavras ditas verbalmente se esvaziam e transmutam. O que está escrito é. Eu fecho os olhos e vejo palavras. Tento transformá-las em objetos, pensamentos, imagens… não as consigo traduzir. Sempre achei pertinentes e admiráveis as expressões artísticas femininas realizadas a partir das experiências pessoais com a violência patriarcal, mas nunca imaginei que seria uma dessas artistas. Decidi romper o meu silêncio.”

Com palavras e frases bordadas em suportes não tradicionais, a obra é embasada nas experiências pessoais da autora como mulher em uma sociedade patriarcal. A narrativa contextualiza – de forma dialógica e artivista – os eventos traumáticos, a partir de objetos que estiveram presentes nos episódios. O trauma é abordado do ponto de vista figurativo, sem pretender a tradução literal dos acontecimentos, mas sim permitir a construção da percepção e significados pelo espectador.

O grito do silêncio

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Ruína

Miguel Oliveira

Num vale escondido da Serra de Aire, algumas casas permanecem e os olivais são parte da paisagem. Encontro uma árvore no interior de uma ruína onde terá vivido alguém. Um casal que habita o vale, fala da pedreira que matou o pai e do sossego que é ali viver. Apressam-se, que está na hora de plantar – “amanhã promete chover”. Não se vê quase ninguém. Quase vazio. Num dia de frio, deparo-me com este lugar tranquilo. Deste lugar parte uma instalação que reúne uma série de imagens-objeto que desafiam uma relação fragmentada com a paisagem.

Ruína

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O real a fazer de conta

Nuno Vieira

Intersecções e tangentes entre o Cinema e a Arquitetura através da Fotografia como instrumento de crítica e experimentação.

O real a fazer de conta

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Dormitórios

Rico de Lucas

“Ground control to Major Tom (ten, nine, eight, seven). Commencing countdown, engines on (six, five, four, three). Check ignition, and may God's love be with you (two, one, lift off)”. Tal qual os astronautas de David Bowie, todos nós estamos de passagem por este planeta, aprendendo lições e desempenhando diversas funções que preenchem nosso tempo por aqui. Difícil é aceitar o momento da partida, da despedida. Mas, será que precisamos mesmo manter uma perspectiva negativa sobre a morte, esse movimento natural inerente à vida? Dormitórios é um filme-ensaio que pretende articular memórias e reflexões sobre a morte e o luto, trazendo um tom ensaístico, confessional, fragmentado e lúdico como um meio para elucubrações filosóficas e subjetivas. Aqui, a câmera se torna caneta. Experiências e visão de mundo, o substrato narrativo. O cineasta, autor. O filme-ensaio, obra. Circunscrito no âmbito investigativo da tese Dormitórios: reflexividade e dialogismo na criação de um filme-ensaio sobre o luto, esta projeção é uma primeira abordagem filme-ensaística sobre o luto, a primeira cápsula audiovisual da futura sequência.

Dormitórios

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Percurso contemplativo

Tânia OP

Percurso contemplativo é uma performance centrada na presença do corpo no espaço, no qual cada passo dado é respirado e aspirado – a ser livre e consciente. É resultado de diversas vivências e aprendizagens em diferentes mosteiros e comunidades, onde cada movimento feito tem a sua importância e significado.

Respira, sente o momento e a presença dos corpos sobre o espaço. O tempo limitado não existe. Pessoas destroem muros enquanto outras os constroem - não são apenas físicos. Alguns procuram ficar puros, livres e salvos. Outros, apenas viver em paz.

Percurso contemplativo

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Escola Convidada

Expressões estéticas híbridas no design de instrumentos musicais de cordas

Alexandru-Georgian Mihai

Baseada na funcionalidade, forma e estética no design de instrumentos musicais de cordas, do clássico ao contemporâneo, esta tese explora uma simbiose de dois instrumentos, muito populares e com uma longa história: o violino e a guitarra. Um dos resultados esperados é a criação de um instrumento musical híbrido, baseado nos elementos definidores do Design e da construção de um violino e uma guitarra, dando origem a um instrumento único que complementa e integra o conhecimento acumulado durante a pesquisa dos dois primeiros capítulos da tese. Pretende-se, assim, concluir a investigação oferecendo um resultado moderno, alicerçado numa história de mais de 500 anos de instrumentos musicais de cordas, do clássico ao contemporâneo, através de um estilo marcado pela aquisição de uma especificidade expressiva própria.

Expressões estéticas híbridas no design de instrumentos musicais de cordas

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O conceito religioso na Arte Contemporânea dos anos 80 na Roménia, especialmente na Pintura

Ana Beatrice Ungureanu

Arte e Religião são duas grandes direções através das quais as expressões humanas procuram abarcar e compreender as realidades universais e as percepções humanas, para serem transmitidas como mensagens que reproduzem diferentes níveis de consciência das formações ocorridas ao longo do tempo. Esta pesquisa analisa e desenvolve o conceito religioso encontrado na Arte Contemporânea, bem como suas manifestações e evolução, desde o momento em que a Roménia foi subjugada pelo período comunista e as criações dos artistas não puderam ser contempladas integralmente, até o surgimento do Prolog, um grupo de artistas que ultrapassou as fronteiras da Arte Contemporânea romena. A apresentação centra-se numa curta incursão pela história da Arte, acompanhando a interação permanente entre o símbolo e as Artes Plásticas, através da expressão da linguagem visual, em momentos-chave da história, desde o Renascimento, continuando com o período moderno e culminando na Arte Contemporânea dos anos 80 na Romênia.

O conceito religioso na Arte Contemporânea dos anos 80 na Roménia, especialmente na Pintura

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Miniatura manuscrita na contemporaneidade

Ana Platon

Miniaturas manuscritas, em sua maioria incluídas em livros eclesiásticos, encontraram seu espaço em conventos, onde floresceram por séculos. Foram elaboradas com um senso artístico excepcional, e a habilidade e dedicação dos artistas que as criaram é clara. Este tipo de Arte originou-se, principalmente, em ambientes monásticos. Os livros religiosos e litúrgicos apresentavam ornamentos e pequenas ilustrações nos cantos, bem como nas bordas, das páginas, que davam ao ilustrador livre interpretação do texto nelas escrito. Com gosto excepcional e muita inventividade, os pintores utilizavam elementos ornamentais, motivos arquitetónicos, animais e também plantas decorativas, que incluíam de acordo com as ilustrações e textos escritos nos livros.

Miniatura manuscrita na contemporaneidade

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O corpo humano-sujeito primário na investigação de si e da identidade social transposta pela moda

Anamaria Mihaela Vișovan

O projeto questiona os ideais de beleza do mundo contemporâneo e a volatilidade do termo perfeição, fundindo assim os mundos da beleza e da feiúra em uma coleção de moda. Partindo de uma reflexão sobre a dismorfia corporal, a investigação pretende alterar os valores identitários e a atitude perante os pares num sentido positivo, removendo preconceitos e apostando numa composição de vestuário que realce a dismorfismo corporal. A roupa é uma manifestação de identidade, ela transpõe materialmente todos os aspectos de quem a veste, a origem étnica, social e até psicológica. Assim, a identidade está intimamente relacionada com a moda. Podemos dizer que a moda pode ter um papel importante na comunicação de mensagens sociais, e os designers optam por fazer esse gesto de usar a moda como ferramenta para dispersar mensagens de interesse, daí a ideia do grotesco, dos “defeitos” do corpo no Design sendo encontrados em inúmeros projetos contemporâneos.

O corpo humano-sujeito primário na investigação de si e da identidade social transposta pela moda

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Monument for a grocery vendor

Andrei Pituț

Ancorado nas questões socioecológicas do século XXI, Monument for a grocery vendor foi criado para um mercado de alimentos próximo ao estúdio. Um espaço que já foi horta, pomar, e possivelmente um estábulo, uma única parede velha ainda de pé guarda os vestígios de uma antiga construção de tijolo com arcos. A intervenção consiste numa obra colocada no eixo principal por onde circulam pessoas e automóveis. O seu papel é ser disruptiva, na medida em que deve ser contornada, garantindo que vagas de “estacionamento” à sua volta sejam liberadas, facilitando a mobilidade. Usei principalmente materiais recuperados do próprio mercado, móveis abandonados, pallets e materiais de construção. A obra tem 4,5m de altura e é composta por quatro segmentos de madeira e compensado em forma de troncos cônicos dispostos assimetricamente ao centro, presos a uma base metálica de três pernas.

Monument for a grocery vendor

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Seven works of mercy – clothe the naked

Arthur – Cristian Rusznák

Esta série cria sete peças inspiradas n’As Sete Obras de Misericórdia, de Caravaggio. A que apresento nesta exposição é baseada no ato de vestir os despidos. Partindo dos sentimentos antieuropeus na Europa Oriental e do bloqueio à entrada da Roménia no espaço Schengen, apresento a lenda de São Martinho como crítica à relação entre a União Europeia e os países da Europa Oriental. Martinho, o Misericordioso, cortou sua capa ao meio para dá-la a um mendigo vestido em farrapos durante o inverno. A minha interpretação questiona se os romenos são vistos como pessoas que se apegam à bandeira europeia, ou se queremos ser reconhecidos como europeus que merecem o nosso papel nesta união. No meu trabalho, São Martinho é retratado segurando a bandeira romena e entregando-a ao homem despido na rua, ao fundo agitando a bandeira da União Europeia.

Seven works of mercy – clothe the naked

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Night in the ocean

Bianca Bondoc

Na Arte, o caos e a ordem costumam ser vistos como forças opostas, mas e se eles pudessem ser reconciliados por meio de um único meio? Pedra e água são os blocos de construção da litografia e, por meio deles, o caos e a ordem podem ser harmonizados. A solidez e a permanência da pedra, aliadas à fluidez e à vitalidade da água, evocam emoções e associações poderosas. A água é o elemento chave na criação do universo, representando a potencialidade caótica da qual emerge a ordem. No contexto da litografia, a artista utiliza a pedra como tela para captar a fluidez das ideias. A imagem resultante é uma fusão de gestos conscientes controlados com a emergência do inconsciente, uma dança entre a consciência de permanência da “pedra” e a fluidez da mente como a “água”. O preto e o branco tornam-se, no meu trabalho, não apenas forças opostas, mas também duas faces da mesma moeda.

Night in the ocean

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Sol and the Red Serpent

Bianca Ionela Tulea

Sol and the Red Serpent é um conto retratado em cinco ilustrações inspiradas em banda desenhada. Os personagens são reminiscentes do estilo folclórico romeno. O design da personagem principal foi inspirado nas máscaras tradicionais romenas, enquanto as cores de destaque azul e vermelho refletem duas das cores típicas presentes nas roupas tradicionais do povo romeno. As ilustrações são apresentadas de forma a combinar aspectos de banda desenhada e ilustração infantil, com o intuito de ser legível sem a necessidade de palavras. A utilização de ilustração sequencial, combinada com ricos elementos estilizados, tem como objetivo criar uma sensação de profundidade e variedade, mantendo o espaço narrativo facilmente compreensível. As texturas utilizadas, principalmente de aquarela, carvão e pastéis, têm o papel de completar o aspecto tradicional da história.

Sol and the Red Serpent

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A paisagem na Arte Contemporânea: os marginais, o espaço público e a imagem do kitsch

Diana Borza (Poenaru)

A minha análise é centrada em como a Arte, no período de 1980-2020, capta a pulsação da periferia e do centro, com seus aspectos etnográficos e sociais. A aldeia-cidade, as migrações sazonais, transnacionais, as vivências destes sujeitos cativos nos seus processos, a existência humana marginalizada, a urbanização artificial, socialista, a cultura popular trazida à força para o meio urbano ainda hoje se fazem sentir na paisagem contemporânea. O objetivo desta pesquisa é um exame atento das reconfigurações que ocorrem sob o impulso econômico e sociocultural (privatização, suburbanização, segregação), uma observação atenta da ação das pessoas nos espaços públicos. Estou preocupada com a adaptação e o cosmopolitismo, os efeitos da globalização, a vida noturna da cidade, rastreando as relações espaciais de tráfego (aeroportos, estações de trem, postos de gasolina, shoppings).

A paisagem na Arte Contemporânea: os marginais, o espaço público e a imagem do kitsch

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Design de Moda inclusivo

Evelina-Elena Tănasie

Esta investigação defende uma mudança positiva na indústria da moda, começando por moldar a inclusão no Design de moda, expandindo a diversidade para grupos minoritários desfavorecidos. O Design inclusivo parte das necessidades especiais de grupos minoritários e da ideia de que a roupa deve oferecer a sensação de integração na sociedade e autoconfiança, mas também conforto físico e mental. Esta pesquisa é necessária para entender melhor as necessidades dos usuários que se sentem desfavorecidos, pois isso afeta sua identidade, conforto e bem-estar sociopsicológico. O projeto funciona como uma política de inclusão social, é composto por 10 trajes e um total de 30 peças versáteis, prêt-à-porter e unissex. Esta coleção de moda privilegia a identificação das necessidades especiais do público-alvo, a facilidade de vestir e a simplificação do styling, o ajuste e adaptação das peças por parte do usuário que se torna um "co-criador".

Design de Moda inclusivo

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A figura humana entre representação e desconstrução: autorretrato

Mariana Lavinia Mihuș

A investigação explora o papel do autorretrato na Arte Moderna e Contemporânea no contexto das mudanças nas paisagens sociopolíticas e culturais. O processo de desconstrução é alcançado por meio da fragmentação, exagero ou distorção das formas. No passado, a Arte era guiada por regras relativas a técnicas, mídias e métodos convencionais de exibição. No entanto, a Arte Contemporânea rompe com essas normas e princípios. Reflete a existência humana, com o corpo humano e a psique sendo temas centrais. O corpo é uma interface entre o indivíduo e a sociedade, e o contato visual gera a primeira impressão de uma relação inter-humana. As transformações sociopolíticas, econômicas e culturais, bem como os avanços tecnológicos, fragmentaram e distorceram a realidade. Os indivíduos estão agora em busca de uma nova identidade, que se reflete na Arte Contemporânea, na qual a imagem da figura humana é muitas vezes alienada do tema original.

A figura humana entre representação e desconstrução: autorretrato

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Transposição de emoção

Oana Popescu

A necessidade de entender como a emoção pode afetar a forma, a cor e o valor estético de um resultado artístico levou à necessidade de arquivar diferentes emoções pessoais na forma de meios artísticos diversos. A imagem que fica impressa em nossa mente nada mais é do que o resultado do eco do mundo externo. A imagem do universo criativo representa uma finalidade formada a partir da percepção do mundo visível, do ambiente no qual a criadora conduz sua rotina e da sua capacidade de filtrar, processar e transpor suas próprias emoções. A exposição diz respeito ao tratamento do elemento de que o homem pode dispor para expressar pensamentos ou sentimentos, o uso de uma comunicação não verbal traduzida pelo poder da imagem, que neste caso intervém por meio da exteriorização de emoções materializadas na forma de fotografia, processamento digital ou objeto artístico.

Transposição de emoção

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Terra da Imigração – um retrato da nossa sociedade

Ovidiu Batista

Este projeto investiga como um conflito de identidade se reflete na memória dos indivíduos que fizeram parte do fenômeno migratório. O tema da liberdade é esboçado, projetado e questionado por meio de uma visão filosófica que explora tanto a intuição da liberdade quanto o conceito de liberdade na sociedade. Motivada pelos sentimentos do próprio artista, vividos ao longo de uma década morando em diferentes países europeus, a obra torna-se um retrato altamente pessoal das sociedades, relembrando o impacto que o fenômeno migratório vem tendo no ambiente geossocial. O espectador é, assim, convidado a envolver-se com a obra e a refletir sobre a óbvia ligação criada com a noção de uma existência sem fronteiras físicas, espirituais e intelectuais.

Terra da Imigração – um retrato da nossa sociedade

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O tijolo: de detentor de memória a elemento de expressão artística na Arte Contemporânea

René Jeanette Renard

Esta investigação aborda a história e o simbolismo do tijolo, a sua relação com a memória, e a história da minha família, relacionada com a produção do tijolo no contexto histórico, geográfico, econômico e social da primeira metade do século XX. Também pesquisa os elementos definidores da escultura no século XX, a escultura construída, os artistas representativos da escultura construída e os artistas contemporâneos que utilizaram o tijolo em suas obras. Por fim, investiga a memória e a micro-história na minha arte (projetos principais: A journey as long as one hundred lives, faBRIQUE, Micro-Terra Banatica), e a convergência entre ciência e Arte (projeto principal: The Memory Laboratories), bem como uma análise da minha migração de técnicas bidimensionais, principalmente digitais, para meios de expressão tridimensionais usando várias mídias.

O tijolo: de detentor de memória a elemento de expressão artística na Arte Contemporânea

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Remix tradicional

Theodora Scurtu

Remix tradicional trata da recuperação e revalorização das Artes Têxteis tradicionais, retirando os objetos do seu contexto atual e adaptando-os ao tempo presente, por meio de diversas intervenções têxteis. A investigação prática visa abordar uma série de elementos e componentes pertencentes às Artes Têxteis tradicionais a serem revalorizados, trazendo para o primeiro plano a região de Oltenia, na Roménia, por meio de peças como tapetes tecidos, elementos decorativos específicos da zona, mas também objetos utilitários processados com lã como matéria-prima. Esta reinterpretação é baseada em intervenções têxteis de textura e forma, colocando o objeto sob uma nova luz, com uma visão diferente. Representa um processo de redescoberta. A recuperação do objeto e a sua revalorização num contexto desconhecido, em que sua utilidade principal é descartada, representa uma forma de olhá-lo como objeto estético com uma história por detrás.

Remix tradicional

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Universo de base

Uliana Gujuman

A investigação busca novas formas de explorar a paisagem com a ajuda da imaginação. Esta é uma percepção pessoal do mundo, inspirada na minha experiência. Uma das minhas memórias mais antigas é a foto de uma floresta na parede do meu quarto. Devido ao seu tamanho monumental, eu imaginava poder entrar na imagem e desejava saber o que se escondia além das árvores. Essa imagem estimulou a criação de muitas histórias em minha imaginação. Hoje, eu crio em minhas obras um mundo atemporal. Embora parta da realidade, minha paisagem não é real. As plantas tornam-se gigantescas, as pessoas são como formigas, e os arbustos enormes transformam-se em mundos misteriosos que convidam o espectador a explorá-los. O objetivo da minha pesquisa é dar liberdade à fantasia do espectador por meio dos meus trabalhos.

Universo de base

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Qualidades expressivas e plasticidade nas novas tecnologias digitais. Integrando o videogame nas Artes Visuais contemporâneas. O jogo 2.5D Excedo Orbis

Sânziana Gheorghe

A investigação busca captar o ponto de contato entre os videojogos e a Arte Contemporânea, procurando explorar as possibilidades de assimilação dos videojogos às preocupações artísticas dominantes, afastando-as do entretenimento. O objetivo é identificar correspondências entre as preocupações artísticas próprias das novas tecnologias multimédia, que procuram imergir o espectador na obra, e os videojogos, que procuram também imergir o jogador no universo virtual. Enquanto os projetos de Arte visam despertar fortes emoções no espectador trazido para o mundo virtual, a indústria de jogos integra a experiência de imersão em uma experiência de entretenimento, que busca manter o jogador em um estado participativo, porém passivo. Nesta pesquisa, o diálogo entre os processos artísticos contemporâneos e os videogames é estruturado em torno de questões artísticas de natureza conceitual, como parte de uma perspectiva atual de interpretação do pós-pós-modernismo: o metamodernismo de Timotheus Vermeulen e Robin van den Akker (2011).

Qualidades expressivas e plasticidade nas novas tecnologias digitais. Integrando o videogame nas Artes Visuais contemporâneas. O jogo 2.5D Excedo Orbis

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Técnicas de animação entre os vetores da Arte Gráfica tradicional e a digitalização

Marișescu Teodora

Esta tese realiza uma pesquisa aprofundada de diferentes técnicas de animação digital, que nos últimos 30 anos tem sido uma parte importante da indústria cinematográfica. Como componente projetual, será criada uma curta-metragem de animação. Sua ideia nasceu há 10 anos e vem sendo trabalhada no papel desde então. Nesta etapa da pesquisa, a aldeia onde ocorre a ação está sendo modelada, esculpida e texturizada. Este é um estágio próximo ao final da primeira parte da produção do filme, que gira em torno da criação de cenários, ambientes e backgrounds. Vários estilos foram considerados, mas no final optou-se por usar uma paleta divertida e colorida, assim como formas que lembram cogumelos, já que a história se passa em um planeta que orbita o sistema solar binário de Sirius A e B.

Técnicas de animação entre os vetores da Arte Gráfica tradicional e a digitalização

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Organização


Doutoramento em Media Artes

Beatriz Botelho
Camilo Cavalcante
Catarina dos Santos Cardoso
Catarina Neves
Daniel Baldaia
Daniel Oliveira Silva
Filipe Tomé
Luísa Leão
Miguel Oliveira
Nuno Vieira
Rico de Lucas
Sandro Daniel Gomes Gonçalves
Tânia OP

Coordenação
Manuela Penafria
Renata Ferraz
Francisco Paiva

Secretariado: Mércia Pires, Adelaide Reis, Filomena Santos

Grupo de Investigação em Artes do LabCom

Parceria

Apoio

Design Multimédia, UBI
Cinema, UBI
Design de Moda, UBI

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