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Andrei Răzvan Neciu

Trends of contemporary printmaking in the 21st century, experimentation and contextualization

O projeto pretende questionar novas tendências na gravura como meio de expressão, traçando os seus aspectos evolutivos a partir da perspectiva da experimentação, que se torna um elemento-chave de contextualização, devido às novas dimensões técnicas e visuais que propõe. Assim, a investigação divide-se em duas áreas distintas: a experimentação técnica, que consiste em definir novos materiais e técnicas desenvolvidos e assimilados por artistas contemporâneos; e a experimentação visual, que envolve a manutenção de técnicas tradicionais abordadas de uma forma visual distinta, diferente da canônica. O campo secundário desta pesquisa se encontra na interseção do clássico com o experimental, centrando-se no discurso técnico e conceitual no universo de expressão do artista contemporâneo. O objetivo é evidenciar como diferentes artistas se relacionam com novos materiais e ferramentas, construindo assim um aspecto reintegrador e evolutivo do produto artístico, formulado com o auxílio de técnicas de gravura.

Andrei Răzvan Neciu é doutorando na Faculdade de Artes e Design, da West University of Timișoara. É Licenciado em Artes Visuais e Design Gráfico e é Mestre em Artes Visuais, nas vertentes de Publicidade e Design, pela mesma instituição. Entre os seus trabalhos mais importantes, estão My first (Anti)Monument, um workshop teórico e prático para intervenções no espaço público, Kunsthalle Bega, Timișoara (2022); Simulations of a possible future, exhibition, La Cave, French Institute, Cluj-Napoca (2022); XVIII Internationaler Wettbewerb für Kleingrafik und Exlibris Ostrów Wielkopolski (2022); 7th Graphic Art Biennial of Szeklerland (2022); 3rd Bucharest International Print Biennale (BIPB) (2019).

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Andreea Ana-Maria Pleșa

InBetween. Design de Moda sustentável

O projeto InBetween tem como objetivo consciencializar para o consumismo excessivo que está no cerne da indústria da moda. A coleção funciona como um porta-voz, que pretende chamar a atenção para os abusos físicos e materiais do fast fashion. InBetween fala-nos sobre o presente, mas alicerça-se em vários processos autorreflexivos e de reavaliação, vividos nos últimos anos. O projeto fala-nos da revalorização do potencial humano, em detrimento dos conceitos de sociedade pós-humana. A geometria da coleção não se direciona para as tendências atuais, enfatizando a natureza impessoal do vestuário. O esquema de cores baseia-se na paisagem industrial com um toque de laranja, que pretende tirar o utilizador do anonimato e funciona também como um sinal de alerta sobre o estilo padronizado. No que tange à relação tecnologia-humanidade-indústria, a coleção assume uma postura pró-humana ao usar apenas fibras naturais de origem local.

Andreea Ana-Maria Pleșa formou-se na Faculdade de Artes e Design, da West University of Timișoara (2019), onde também iniciou o Doutoramento no mesmo ano, com uma tese intitulada Design de Moda sustentável. Desde 2021, é investigadora assistente no Departamento de Design e Artes Aplicadas. Recorrendo a técnicas específicas do Design de moda nas suas criações, os seus trabalhos abordam temas como sustentabilidade, identidade e multifuncionalidade. As suas coleções foram mencionadas em diversas publicações especializadas, premiadas e selecionadas para integrar eventos nacionais e internacionais. Pleșa também colaborou como estilista em várias revistas internacionais, como a Moodic Magazine e a Kreep Magazine. Entre as participações mais importantes da artista em exposições e desfiles de moda, estão a Feeric33 New Talents Contest – Feeric Fashion Week (2018); Serbia Fashion Week (2018); Romanian Fashion Philosophy (2018); Diploma, Bucharest (2019); Feeric Fashion Week (2021 and 2022).

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MĂDĂLINA-ELENA TROFIN

The vibration of plastic as a material-resource in Contemporary Art

A minha pesquisa artística busca uma nova identificação cromática oferecida pelo material sintético, mas, também, uma evolução do suporte plástico para que a imagem criada se desprenda do espaço habitual para chegar mais perto do espectador. A gramática da imagem é aprimorada pela sobreposição de alguns materiais de natureza sintética, que captam uma combinação de técnicas clássicas e contemporâneas, de forma a posicionar as experiências das figuras humanas no contexto das evoluções trazidas pelo presente. Como abordagem criativa, os meus trabalhos delineiam uma emoção ao cativar o cromático usando a luz, captando a percepção e os efeitos do artificial na psique humana, oferecendo ao público uma perspectiva da realidade e também do virtual.

Mădălina-Elena Trofin é doutoranda na Faculdade de Artes e Design, da West University of Timișoara, onde também concluiu a sua Licenciatura e Mestrado em Belas Artes. Entre suas principais láureas, estão: nominated, painting, International Biennial of Miniature Timișoara (2022); exhibition DragobeteArt.ro, the Prize for Mixed Media, Iași (2022); International Exhibition Zis și Făcut, the prize for Mixed Media, Iași (2022); International Exhibition Zis și Făcut, Diploma for Excellence, Iași (2022); Museum of Art Timișoara, Roménia; Online Exhibition, National Student Festival of Visual Arts, VIZUALIA 4th edition, Cluj-Napoca, Roménia (2021); International exhibition Zis și Făcut 1st edition, Iași, Roménia (2021); Collective exhibition Emerging Artists Awards 2021, Comenduirea Garnizoanei, Timișoara, Roménia.

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Tânia OP

Percurso contemplativo 

 

Percurso contemplativo é uma performance centrada na presença do corpo no espaço, no qual cada passo dado é respirado e aspirado – a ser livre e consciente. É resultado de diversas vivências e aprendizagens em diferentes mosteiros e comunidades, onde cada movimento feito tem a sua importância e significado.

Respira, sente o momento e a presença dos corpos sobre o espaço. O tempo limitado não existe. Pessoas destroem muros enquanto outras os constroem – não são apenas físicos. Alguns procuram ficar puros, livres e salvos. Outros, apenas viver em paz.

 

Tânia OP tem desenvolvido a sua prática artística refletindo sobre a humanidade, o sentido da vida, o vazio, a paz e a liberdade interiores. Através da Arte, abre processos internos de questionamento, de reflexão, purificação e libertação, que transforma e transfere para o plano físico através da matéria e do próprio corpo. Dedica-se à Performance Art como contemplação da existência em corpo somático. Debruça-se sobre o sentido de rituais e rotinas monásticas ancestrais através de várias práticas artísticas, explorando o som e o movimento na mística do momento. Licenciou-se em Artes Plásticas/Escultura e especializou-se em Escultura, pela Faculdade de Belas Artes, da Universidade do Porto. É doutoranda do curso de Media Artes, na Universidade da Beira Interior. Tem obras em diversos locais nacionais e internacionais (Itália, Palestina, Timor Leste e Espanha). Conta com bastantes participações em exposições individuais e coletivas, bem como residências artísticas. Tem criado e coordenado projetos de Performance Art.  

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Rico de Lucas

Dormitórios 

 

“Ground control to Major Tom (ten, nine, eight, seven). Commencing countdown, engines on (six, five, four, three). Check ignition, and may God’s love be with you (two, one, lift off)”.  Tal qual os astronautas de David Bowie, todos nós estamos de passagem por este planeta, aprendendo lições e desempenhando diversas funções que preenchem nosso tempo por aqui. Difícil é aceitar o momento da partida, da despedida. Mas, será que precisamos mesmo manter uma perspectiva negativa sobre a morte, esse movimento natural inerente à vida? Dormitórios é um filme-ensaio que pretende articular memórias e reflexões sobre a morte e o luto, trazendo um tom ensaístico, confessional, fragmentado e lúdico como um meio para elucubrações filosóficas e subjetivas. Aqui, a câmera se torna caneta. Experiências e visão de mundo, o substrato narrativo. O cineasta, autor. O filme-ensaio, obra. Circunscrito no âmbito investigativo da tese Dormitórios: reflexividade e dialogismo na criação de um filme-ensaio sobre o luto, esta projeção é uma primeira abordagem filme-ensaística sobre o luto, a primeira cápsula audiovisual da futura sequência.

 

Henrique Denis Lucas é doutorando no curso de Media Artes, pela Universidade da Beira Interior, com bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Obteve o grau de Mestre em Comunicação e Informação – Linha de pesquisa em Cultura e Significação, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no Brasil (2018), depois de licenciar-se em Comunicação Social – Produção Editorial, pela Universidade Federal de Santa Maria, também no Brasil, sendo bolsista em ambas ocasiões. Tem experiência na área de Comunicação Social, pesquisando principalmente sobre Narrativas Gráficas, Audiovisuais e Sonoras, Educomunicação, Estudos Fílmicos, Estudos Culturais e Audiência. Ministrou workshops educomunicacionais de bandas desenhadas e Cinema para escolas em situação de vulnerabilidade social e, recentemente, foi agraciado com os prêmios Trajetórias Culturais Mestra Griô Sirley Amaro, por seu trabalho de investigação na comunicação e nas artes, no Rio Grande do Sul, e Artes Integradas Lei Aldir Blanc, pela produção do single musical Ricocheto – Sulfur.

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Nuno Vieira

O real a fazer de conta 

 

Intersecções e tangentes entre o Cinema e a Arquitetura através da Fotografia como instrumento de crítica e experimentação.

 

Nuno Vieira é doutorando em Media Artes, na Universidade da Beira Interior. Arquiteto, pela Escola Superior Artística do Porto (2006) e em Design de Produto, pela Faculdade de Arquitetura, da Universidade Técnica de Lisboa (1999). Assistente no Curso de Design de Produto, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, no Instituto Politécnico Viana do Castelo, entre 2000 e 2006. Trabalha como arquiteto e designer em atelier próprio.

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Miguel Oliveira

Ruína 

 

Num vale escondido da Serra de Aire, algumas casas permanecem e os olivais são parte da paisagem. Encontro uma árvore no interior de uma ruína onde terá vivido alguém. Um casal que habita o vale, fala da pedreira que matou o pai e do sossego que é ali viver. Apressam-se, que está na hora de plantar – “amanhã promete chover”. Não se vê quase ninguém. Quase vazio. Num dia de frio, deparo-me com este lugar tranquilo. Deste lugar parte uma instalação que reúne uma série de imagens-objeto que desafiam uma relação fragmentada com a paisagem.

 

Miguel Oliveira é doutorando em Media Artes, pela Universidade da Beira Interior. É Licenciado em Artes Plásticas, pela Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha. Colabora frequentemente com associações e instituições culturais do Porto e Guimarães. A produção artística – nas áreas da Fotografia, Videoarte e Instalação – marca significativamente a sua trajetória, levando-o a participar em várias exposições individuais e projetos. Com uma experiência alargada de laboratório a preto e branco, tem orientado nas últimas décadas várias oficinas de fotografia analógica, junto de várias instituições de ensino. Atualmente, é professor de Fotografia na Escola Técnica Superior Profissional, do Instituto Politécnico do Cávado e Ave. 

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Luísa Leão

O grito do silêncio 

Para mim, as palavras sempre foram mais tangíveis do que os objetos da memória em si. As palavras ditas verbalmente se esvaziam e transmutam. O que está escrito é. Eu fecho os olhos e vejo palavras. Tento transformá-las em objetos, pensamentos, imagens… não as consigo traduzir.

Sempre achei pertinentes e admiráveis as expressões artísticas femininas realizadas a partir das experiências pessoais com a violência patriarcal, mas nunca imaginei que seria uma dessas artistas. Decidi romper o meu silêncio.”

Com palavras e frases bordadas em suportes não tradicionais, a obra é embasada nas experiências pessoais da autora como mulher em uma sociedade patriarcal. A narrativa contextualiza – de forma dialógica e artivista – os eventos traumáticos, a partir de objetos que estiveram presentes nos episódios. O trauma é abordado do ponto de vista figurativo, sem pretender a tradução literal dos acontecimentos, mas sim permitir a construção da percepção e significados pelo espectador. 

 

Luísa Leão é doutoranda em Media Artes, pela Universidade da Beira Interior, atualmente financiada pela BID Santander-UBI. É Licenciada e Mestre em Design de Moda, pela UBI, tendo realizado mobilidades académicas no Politécnico di Milano e na Universidade Federal do Ceará. Possui investigações na área do Design para sustentabilidade, cultura artesanal e Arte Têxtil, e possui, no âmbito do Doutoramento, o objetivo de aprofundar as suas investigações sobre o bordado contemporâneo, em diálogo com a cibercultura e temporalidade. Presta apoio letivo à docência das unidades curriculares Laboratório de Têxteis Criativos, na Licenciatura em Design de Moda, Semiótica das Artes Visuais, no Mestrado em Design Multimédia e Movimentos Artísticos Contemporâneos, na Licenciatura em Cinema. Exerce trabalho voluntário na Coolabora CRL, cooperativa de intervenção social. É mentora de workshops de ensino da técnica do bordado livre.

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Filipe Tomé

Reinterpretação da época dos Descobrimentos em Portugal 

 

Cabo das Tormentas é um videojogo de horror que retrata a dobragem do cabo das tormentas durante a época dos descobrimentos. Neste videojogo, o jogador assume o controlo de uma personagem anónima que explora a caravela de Bartolomeu Dias (São Cristóvão), enfrentando eventos sobrenaturais relacionados à lenda do Adamastor. O objetivo principal é demonstrar os medos e terrores do desconhecido, levando o jogador a enfrentar os horrores da caravela São Cristóvão para conseguir dobrar o cabo. Com elementos de fantasia e horror, este projeto oferece uma experiência emocionante e aterrorizante, permitindo aos jogadores uma nova reinterpretação da dobragem do cabo das tormentas e os seus perigos.

 

Filipe Tomé é doutorando em Media Artes, na Universidade da Beira Interior e obteve o grau de Mestre em Design e Desenvolvimento de Jogos Digitais, pela mesma universidade (2020) e a Licenciatura em Jogos Digitais e Multimédia, no Politécnico de Leiria (2017). É lead designer da MoonVeil Studios, estúdio que está a produzir Cabo das Tormentas.

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Camilo Cavalcante

Fendas de presença #1: solidão plástica 

 

Esta instalação artística audiovisual dialoga com o pensamento sobre produção de presença de Hans Ulrich Gumbrecht (2010), para quem a experiência estética sempre nos confrontará com a tensão entre presença e sentido. Dialogaremos, também, com o pensamento de Georges Didi-Huberman (2010) ao referir-se que todo o olho traz consigo o seu invólucro e o desafio é deixar que uma brecha se abra nesse invólucro, permitindo que o olhar abra um fosso naquilo que vê. A partir dessas referências basilares, a instalação busca envolver a perceção e desafiar o olhar de cada espectador.

 

Camilo Cavalcante é Mestre em Cinema e doutorando em Media Artes, na Universidade da Beira Interior (UBI), onde é investigador do LabCom, com bolsa da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). É Licenciado em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Possui ainda formação complementar em Guião Cinematográfico, pela Escuela Internacional de Cine y TV (EICTV) em Cuba, e o curso de extensão em Transcinema: Cinema, Pintura e Artes Contemporâneas pela PUC-Rio, além de vasta experiência cinematográfica nas áreas de guionismo, produção e realização com uma trajetória multipremiada de curtas e longas metragens. Atualmente, dedica-se a pesquisar os campos das instalações artísticas e das manifestações expandidas do audiovisual. 

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